Região possui potencial ilimitado para a atividade turística.
Ao longo desta semana, a Gerência de Planejamento e Captação de Recursos da Secretaria de Povos Originários e Tradicionais (Sepot) esteve, a pedido da comunidade, na Ilha do Bananal, na Aldeia Horotory-Hawa, do povo Javaé, para discutir com os moradores e órgãos convidados, a viabilidade da execução de projetos de etnoturismo e ecoturismo, além de aprimorar as atividades de pesca esportiva já exercidas na região. Representantes da Aldeia estiveram anteriormente na Sepot, em Palmas, e solicitaram apoio para capacitação em turismo de pesca, observação de aves e etnoturismo.
Para Filipi Holanda, gerente de Planejamento e Captação de Recursos da Secretaria de Povos Originários e Tradicionais da Sepot, a Ilha do Bananal possui um potencial ilimitado para o etnoturismo. Segundo ele, a intenção da Sepot na região é analisar a viabilidade de novos atrativos turísticos voltados para ecoturismo (observação de aves, fauna e flora em geral e caminhadas ecológicas e trilhas) e etnoturismo (através do resgate das expressões culturais tradicionais da etnia javaé), diversificando assim as atividades turísticas na ilha e expandindo para novos segmentos que valorizem a fauna, flora e a tradição ancestral dos indígenas
“A comunidade já explora o turismo de pesca esportiva, mas busca diversificar, incluindo ecoturismo e etnoturismo, destacando a cultura dos povos originários como um atrativo. A implementação desses projetos depende da vontade dos indígenas, da Secretaria e de outros colaboradores, visando fortalecer as demandas da comunidade”, explicou.
Paulo César Lima Ruruka Javaé, cacique da Aldeia Horotory, expressou sua satisfação com a reunião com a Sepot sobre o desenvolvimento do etnoturismo na aldeia. “Isso está sendo enriquecedor para nossa comunidade. Estou de coração aberto para recebê-los mais vezes para promover o turismo de observação de qualidade na Ilha de Bananal. Foi possível identificar os potenciais turísticos da aldeia. Percebemos as necessidades de formação e qualificação profissional dos membros da aldeia para uma melhor gestão na área de turismo, principalmente no nosso caso”, compartilhou.
Segundo Leandro Henrique Alves Gama, Secretário de Turismo e Cultura de Lagoa da Confusão, a reunião realizada para ouvir a comunidade sobre o potencial do ecoturismo na região é de fundamental importância. “Desde já, agradecemos à Secretaria de Povos Originários e Tradicionais do estado, representada pela pessoa da Narubia. É muito importante essa iniciativa do projeto estadual, que está envolvido nas comunidades indígenas. O turismo tem muito a crescer, contribuindo para a profissionalização da comunidade local para o futuro do turismo na Ilha do Bananal. Essa parceria entre estado, município e a comunidade da Ilha do Bananal só tende a agregar pontos positivos”, afirmou.
Para a pesquisadora, também foi possível observar as potencialidades da comunidade, por meio de pratos tradicionais da cultura, artesanato e atrativos naturais. “Precisamos nos organizar para viabilizar os cursos, em parceria com a Sepot, o Instituto Federal e outras instituições, como a Secretaria do Meio Ambiente, para qualificar a etnia e dar continuidade aos diversos segmentos de turismo na aldeia”, completou.