Marido teria trancado a esposa junto com o filho após ver mensagens e vídeos no celular da vítima.
Uma mulher de 28 anos foi mantida em cárcere privado junto ao filho de 2 anos pelo companheiro e jogou um bilhete pela janela da casa pedindo socorro. O caso aconteceu no setor Três Poderes, em Araguatins. No bilhete a vítima teme pela própria vida e a do filho e chega a pedir para que a polícia vá ao local disfarçada.
“Ele é muito esperto. Chame a polícia. Pede para virem disfarçados porque é capaz de matar eu e meu filho. Já apanhei tanto. Tenta achar uma forma dele sair enquanto me tranco no banheiro e vocês levam ele. Chama a polícia”, escreveu a vítima.
O marido de 27 anos foi preso nesta quarta-feira (13). O suspeito chegou a resistir a prisão alegando que não havia cometido nenhum crime. Segundo a Polícia Militar foi necessário usar a força para algemar o homem.
A PM foi chamada após a vítima conseguir pedir socorro, sem o suspeito saber. Quando os policiais chegaram no local perceberam que a mulher estava nervosa e com medo da reação do companheiro.
Segundo a vítima, ela estava trancada em casa desde a terça-feira (12), depois que o marido viu vídeos e mensagens no celular dela e não gostou. Ela também chegou a contar aos policiais que o relacionamento entre os dois é conturbado e que sofre ameaças e agressões.
A equipe do Copom chamou a Força Tática e da Agência Local Inteligência para ajudar na negociação da liberação das vítimas. Os militares conseguiram abordar o homem quando ele ficou na frente da equipe, que deu voz de prisão ao suspeito e determinou que ele abrisse o portão.
Dentro da casa a polícia encontrou duas armas do tipo “airsoft”, usadas para ameaçar a esposa e a criança.
O suspeito foi levado para a 3ª Central de Atendimento da Polícia Civil em Araguatins, onde foi autuado por cárcere privado, lesão corporal qualificada pelo contexto doméstico, ameaça e injúria, com as implicações da Lei Maria da Penha. Em seguida, ele foi encaminhado à Cadeia Pública de Araguatins.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o caso será investigado pela 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV) de Araguatins.
