Sargento da PM é preso em operação contra venda ilegal de armas em Araguaína

Outras 14 pessoas foram detidas e um arsenal foi apreendido.

O segundo sargento da Polícia Militar, Joemil Miranda da Cunha, foi detido nesta quarta-feira (3) suspeito de estar envolvido em um suposto esquema de comércio ilegal de armas de fogo. Ele atua em Araguaína, no norte do Tocantins.

Segundo o portal da transparência, o PM é concursado desde 2006 e recebe R$ 10.667,73. Nas redes sociais, ele diz que é diretor de 18 clubes de tiros.

O advogado de defesa do sargento, Paulo Roberto, disse que aguarda a conclusão dos trabalhos da polícia para emitir um posicionamento.

“A prisão do sargento para nós é uma incógnita porque nós precisamos ter conhecimento da infração e tudo está sendo feito de forma sigilosa e assim que baixar o sigilo para a defesa nós vamos informar a imprensa da nossa opinião com relação a essa investigação”, disse.

Nesta quarta-feira (3) a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em vários endereços, incluindo clubes de tiros. Segundo as investigações, o esquema envolvia atiradores esportivos, que vendiam suas armas em mercado paralelo e depois abriam boletim de ocorrência para registrar um falso furto ou roubo.

A polícia não informou qual era o papel do sargento no suposto esquema. Já a PM disse que foram adotadas medidas preliminares para apuração interna do caso.

Durante a manhã os agentes da Polícia Civil apreenderam um arsenal com várias armas e muita munição de dez calibres diferentes. Segundo o delegado responsável, 14 pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento, quatro delas acabaram sendo presas.

Dentre os alvos investigados também há um empresário e um agente administrativo do sistema penal.

A operação também apreendeu celulares, que vão passar por perícia e quebrou o sigilo bancário dos investigados. Os extratos bancários e documentos serão analisados em nova etapa da investigação.

Para o delegado, a situação do comércio ilegal é preocupante porque as armas acabam na mão de criminosos.

“O destinatário final dessas armas acaba sendo a polícia, num conflito armado. Porque essas armas e munições, uma vez colocadas no mercado paralelo, acabam chegando nas mãos de criminosos violentos que vão acabar confrontando com a polícia”, disse o delegado.

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