O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 11, o andamento do processo contra o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que averigua o episódio em que o parlamentar expulsou um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Casa aos chutes.
O caso começou a ser apreciado no final de agosto. Glauber protestou e disse que o relatório foi “comprado” pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem também chamou de “bandido”. O placar final da votação terminou com dez votos favoráveis ao relatório contra o parlamentar e dois contra.
Agora, o parlamentar terá dez dias úteis para apresentar uma defesa escrita. Em seguida, abre-se o prazo de 40 dias úteis para instrução probatória, com a solicitação de documentos e oitivas de testemunhas do relator e de Glauber. O deputado Alexandre Leite (União Brasil-SP) disse que vai pedir a suspensão cautelar de Glauber.
Manifestantes protestaram com gritos de “Glauber, fica” após o anúncio do resultado. “Eu não tenho palavras para agradecer a mobilização e a luta de vocês. Queria agradecer profundamente e queria dizer que essa é uma batalha que vai ser dura nos próximos dias e que pode vir a ter o afastamento cautelar, simplesmente porque eu não abaixei a cabeça para que eu pudesse fazer aquilo que eles imaginavam que deveriam. Não vamos dar um passo atrás, vamos continuar com nossa linha política, mostrando que aconteceu, e mostrando que acontece uma perseguição objetiva articulada pelo senhor Arthur Lira”, disse Glauber.