Coordenado pelas equipes da SES-TO, o serviço atendeu 70 pacientes em 2024.
O transplante de córnea ajuda a restaurar a visão, transforma a vida de uma pessoa, proporcionando a retomada de atividades comuns como dirigir, entre outros. Os cidadãos tocantinenses contam com o Banco de Olhos do Tocantins (Boto) que funciona nas dependências do Hospital Geral de Palmas (HGP). O local é responsável pela captação e preservação de tecidos oculares que serão fornecidos à Central de Transplantes do Tocantins (CETTO) para distribuição, que possibilitará a realização de transplantes que atendam a demanda do Estado e do país.
Atualmente, no Tocantins, 257 pessoas estão na lista de espera para receber o transplante de córnea. Graças ao empenho das equipes da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), o Tocantins alcançou a marca de 416 transplantes de córnea. Só em 2024, foram 70.
“A captação das córneas pode ser realizada em paciente doador com o coração parado ou com morte encefálica. O transplante de córnea é o procedimento cirúrgico indicado para os casos em que há alteração na transparência ou no formato da córnea e em alguns casos de infecção grave”, acrescentou a especialista.
O Gesseiro Paulo Célio Silva já fez transplante de um olho e aguarda na fila para fazer o outro olho. “Tenho 35 anos e há quase dois anos fiz o transplante de córnea que mudou a minha vida. Hoje tenho uma vida bem melhor, bem mais ativa graças ao transplante. O que eu posso dizer aos familiares que fazem doação é que é um ato que ajuda a gente demais que está na fila, é uma esperança mais na nossa vida”, declarou.
Como ter acesso?
Para que o paciente entre na fila de espera de transplante é necessário que realize uma consulta com oftalmologista que lhe dê indicação para necessidade do procedimento. Com a indicação médica, a pessoa é inserida na fila da Central Estadual de Regulação que a encaminhará para o HGP. No ambulatório do HGP, o oftalmologista fará um laudo médico confirmando a necessidade e encaminhando o paciente para avaliação da equipe de transplante que vai cadastrar o usuário no Sistema Informatizado de Gerenciamento. Seguindo o fluxo, já está na fila da Central Nacional de Transplante.
Desejo de doar
Conforme a coordenadora da CETTO, Suziane Aguiar Crateús Vilela, “é de suma importância que as pessoas falem com a sua família o desejo de doar órgãos e tecidos, pois eles são os únicos que podem autorizar que o procedimento seja realizado. Diversas pessoas aguardam por um transplante e a doação é um ato de amor e empatia ao próximo A doação é um ato nobre, é uma corrente do bem doar sem conhecer quem irá receber. É o sim para vida”.