A mãe da vítima teria tentado manipular emocionalmente a filha, fazendo ameaças e tentando convencê-la a acusar falsamente outra pessoa.
Na manhã desta quarta-feira, 06, a Polícia Civil do Estado do Tocantins, por meio da 103ª Delegacia de Polícia de Taguatinga e com apoio de agentes das delegacias de Aurora do Tocantins e Dianópolis, cumpriu mandados de prisão preventiva contra M.S.F., de 35 anos, e A.A.S., de 44 anos. Ambos são investigados por envolvimento em um crime sexual contra uma criança de 9 anos
De acordo com as investigações, o casal mantém um relacionamento amoroso e residem juntos, o que teria facilitado a aproximação de A.A.S. com a vítima, filha de M.S.F. A Polícia Civil apurou que o homem teria abusado sexualmente, fato confirmado por exame pericial.
Além da violência, os investigadores reuniram diversos elementos que indicam um contexto de negligência por parte da mulher, que teria permitido a vulnerabilidade da filha.
Após tomar conhecimento da investigação, a mulher teria tentado manipular emocionalmente a filha, fazendo ameaças e tentando convencê-la a acusar falsamente uma terceira pessoa. A estratégia, segundo a Polícia Civil, visava proteger o companheiro e dificultar o trabalho investigativo.
O delegado Lucas Rodrigues, responsável pelo caso, classificou a conduta da mãe como gravíssima. “A atuação da genitora, ao tentar influenciar o depoimento da própria filha com ameaças e manipulação, demonstra não apenas omissão, mas envolvimento direto na tentativa de encobrir um crime grave. Isso prejudica significativamente a investigação e coloca a criança em ainda maior situação de vulnerabilidade”, afirmou.
Diante dos fatos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva dos investigados, pedido que foi acolhido pelo Poder Judiciário. Os mandados foram cumpridos na manhã de hoje. O homem foi encaminhado à unidade prisional de Taguatinga, enquanto a mulher foi levada à penitenciária feminina de Formoso do Araguaia. Ambos permanecem à disposição da Justiça.
O Conselho Tutelar também foi acionado e o caso segue sob investigação. A Polícia Civil reforça o compromisso com a proteção de crianças e adolescentes, além da responsabilização de todos os envolvidos em crimes dessa natureza.