Crime ocorreu em 2018 e passou a ser investigado pela DRR em 2023.
A Polícia Civil do Tocantins, por meio de ação investigativa da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR) de Araguaína, desvendou um crime hediondo, ocorrido em 29 de outubro de 2018 no Setor Maracanã e indiciou um dos autores por roubo majorado e estupro.
Conforme explica o delegado-chefe da DRR, Felipe Crivelaro, o crime foi praticado por volta das 20h, quando dois indivíduos, sendo que um deles portava uma arma de fogo, adentraram em uma residência onde a proprietária do imóvel e seu filho adolscente se preparavam para dormir.
O caso, que inicialmente era tratado por uma delegacia distrital, foi encaminhado a uma especializada em repressão de roubos devido à gravidade, que envolvia roubo com grave ameaça e violência sexual.
A autoridade policial explica que a vítima prestou depoimento relatando que estava deitada e quase dormindo em sua residência quando escutou dois indivíduos, que já haviam rendido seu filho no chão da sala.
Os criminosos entraram pelos fundos da casa. A vítima confirmou ter visto uma arma, que descreveu como pesada, possivelmente um revólver calibre .38, com o cabo preto e o cano cromado, mas sujo ou enferrujado, que foi apontada diretamente para seu rosto.
A mulher e seu filho, que na época tinha 15 anos de idade, tiveram as mãos amarradas com cadarços de tênis, e, enquanto um vasculhava o interior do imóvel em busca de objetos, o outro permaneceu no quarto com a mulher, ocasião em que a obrigou a tirar a roupa e, com ela, manteve relação sexual forçada.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Fellipe Crivelaro, a investigação, que já estava parada há sete anos, foi retomada pela DRR, ocasião em que, por meio do minucioso trabalho investigativo, as equipes da Unidade Especializada conseguiram identificar um dos autores do crime bárbaro. “Usando técnicas de investigação telemática, foi possível individualizar o indivíduo de iniciais V.C.M. (na época, com 19 anos), como sendo o coautor”, afirmou.
Em seu interrogatório, V.C.M. relatou que, na hora que o comparsa iniciou o estupro, “decidiu ir para o lado de fora da casa e aguardar, pois não queria ver aquela cena. Do lado de fora, ouvia a vítima gritando e o seu filho chorando enquanto assistia a mãe sendo estuprada na sua frente”. Questionado porque não tentou impedir o ato, V.C.M. disse que o comparsa estava armado e era perigoso.
Diante dos fatos, o homem foi indiciado pela prática de roubo triplamente majorado, bem como pelo crime de estupro, na condição de garantidor, pois, segundo o delegado Crivelaro, “a partir do momento em que ele criou o risco proibido amarrando as vítimas, ele se tornou penalmente responsável por impedir o resultado, e não o fez”.
O comparsa ainda não foi identificado, mas a Polícia Civil dará seguimento às apurações. “Com a identificação desse indivíduo, a Polícia Civil, através da DRR, dá mais um passo significativo para elucidar todo esse crime bárbaro que chocou a população, pela maneira como foi praticado. Com a intensificação das diligências investigativas, esparso identificar e identificar o segundo autor em breve”, disse.