Braskem é multada em mais de R$ 72 milhões por risco de colapso de mina em Maceió

Capital alagoana está sob alerta para risco do afundamento do solo no bairro do Mutange. Braskem negou ter omitido informações ao IMA.

O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) informou nesta terça-feira (5) que multou a Braskem em mais de R$ 72 milhões por causa do risco de colapso e desabamento da mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió. O solo no local afunda a uma velocidade de 0,22 cm/h e já cedeu 1,87 m desde o dia 30 de novembro.

A mina é uma das 35 que a empresa mantinha para extração de sal-gema, um mineral utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC.

Segundo o IMA, a Braskem foi autuada por degradação ambiental, gerando condições desfavoráveis para as atividades sociais e econômicas. A multa neste caso específico foi de R$ 70.274.316,30.

A empresa também foi multada por omissão de informação sobre a obstrução da cavidade da mina 18. De acordo com o IMA, a Braskem realizou exame de sonar prévio para o início do preenchimento da mina, o que contraria a Licença de Operação. A multa aplicada por isso foi de R$ 2.027.143,92.

Por meio de nota, a Braskem disse que é inverídica a afirmação de que omitiu informações ao Instituto do Meio Ambiente (IMA). Disse ainda que foram feitas comunicações imediatas aos órgãos competentes, inclusive ao IMA, a respeito das alterações captadas nos dados da rede de monitoramento, bem como as medidas de segurança adotadas pela companhia, conforme condicionante da licença de descomissionamento de mina emitida pelo IMA.

A possibilidade de desabamento de uma das minas da Braskem, empresa responsável pela mineração que afetou cinco bairros de Maceió, provocou a evacuação de residências e até de um hospital na quarta-feira (29) e quinta-feira (30). A gravidade da situação levou a prefeitura a decretar situação de emergência, que foi reconhecida pelo governo federal.

Após cinco anos desde que um tremor de terra abriu rachaduras em casas e crateras nas ruas, mais de 14 mil imóveis foram desocupados nos bairros do Mutange, Bebedouro, Pinheiro, Bom Parto e Farol. Afetando cerca de 60 mil pessoas.

A Defesa Civil avalia que não mais há risco para a população porque as moradias ocupadas atualmente estão a uma distância segura do local da mina. As que ainda estavam ocupadas foram evacuadas sob ordem judicial.

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