A Defesa Civil de Guaíba, a 32 km de Porto Alegre, divulgou um alerta na madrugada desta segunda-feira (24) pedindo para que as pessoas que se encontram em áreas de alagamento, próximas às margens do lago Guaíba, procurem locais seguros ou o abrigo localizado no ginásio do Coelhão.
Segundo as informações do órgão, a incidência de vento sul e sudeste, prevista para ocorrer até terça-feira (25), provoca o represamento da água do lago.
Há risco de alagamentos em pontos localizados às margens do Guaíba, além de inundações em córregos e arroios próximos ao lago.
O nível do Guaíba, na medição da régua instalada próxima à Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, chegou a 3,41 metros na madrugada desta segunda. A cota de alerta é de 3,15 metros e a de inundação é 3,60 metros.
A sala de situação da Defesa Civil monitora a situação e divulga atualizações sobre as condições hidrometeorológicas.
Mais de 10 mil imóveis foram atingidos pela inundação ocorrida na cidade no início de maio, durante o fenômeno climático extremo no Rio Grande do Sul.
O município foi inundado pela cheia do lago Guaíba, transbordamento do rio Jacuí e vazamento de água de uma barragem. A prefeitura realiza ações de limpeza para recolher as toneladas de lixo que ficaram nas ruas após os estragos provocados pela enchente.
Em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, um temporal com granizo e vento forte assustou moradores na noite de domingo (23), mas ninguém precisou sair de casa.
No final de semana, a prefeitura informou que as equipes de socorro estão em alerta e pediu para os moradores evitarem deslocamentos para as áreas de encostas ou com declives, consideradas de risco.
Para os moradores dessas regiões, a orientação é ficarem atentos a sinais de deslizamento, como rachaduras nas paredes ou piso, barulho ou pequenas vibrações que venham do telhado, piso e paredes, árvores, postes ou cercas inclinadas.
Em Porto Alegre, o nível do lago Guaíba ultrapassou a cota de alerta na manhã de quinta-feira (20). Alagamentos causaram transtornos especialmente na zona norte da capital. A situação foi agravada por um problema na Ebap (Estação de Bombeamento de Águas Pluviais) 3 São Pedro, no bairro São Geraldo, que teve a operação normalizada em poucas horas.