Criançada em casa: férias escolares podem ser aliadas do aprendizado infantil

Com criatividade e participação da família, esse período pode estimular o desenvolvimento das crianças.

Salas de aula fechadas e as crianças em casa, com muita energia e criatividade pulsando. Entreter essa galerinha durante um mês inteiro pode ser um verdadeiro desafio para muitos pais. Mas esse tempo também pode ser uma oportunidade para fortalecer relações familiares, vivenciar novas experiências e, quem sabe, descobrir formas divertidas de estimular o desenvolvimento dos filhos fora da escola. O problema é que muita gente não sabe por onde começar.

Mesmo longe dos cadernos e livros, as crianças continuam aprendendo, e é justamente nas vivências do dia a dia que muitas habilidades se desenvolvem. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o brincar é essencial para o crescimento físico, emocional e cognitivo, contribuindo para a construção de vínculos, o desenvolvimento da linguagem, da criatividade e da empatia. Por isso, especialistas reforçam que o período de férias também pode ser aproveitado como uma continuação do processo educativo, mas de forma mais leve e prazerosa.

No Centro Educacional São Francisco de Assis (Cesfa), a equipe pedagógica incentiva os pais a enxergarem as férias como um tempo propício para estimular a curiosidade e o raciocínio das crianças com ações simples. Dicas como visitar livrarias, montar um cantinho de leitura em casa, jogos de tabuleiro e a famosa “adedonha” podem despertar o interesse natural pelo conhecimento, sem pressão ou cobranças.

A bibliotecária Laura Maria da Conceição Neta, que aproveita o tempo extra nas férias escolares para gravar vídeos com sugestões de atividades para os alunos, acredita que a leitura é uma grande aliada nesse processo. “Uma boa história pode levar a criança a lugares incríveis, mesmo sem sair de casa. E quando os pais participam, tudo fica mais significativo”, afirmou. Além dos livros, ela recomenda incentivar os pequenos a registrar experiências em um diário de viagem, especialmente se a família for curtir as tradicionais praias de rios, lagos e cachoeiras do Tocantins e a criar um caderno de receitas da família, testando pratos e anotando os preparos. “Dessa forma, elas desenvolvem habilidades como a escrita, a organização e a expressão pessoal, ao mesmo tempo em que constroem memórias afetivas e fortalecem os vínculos entre gerações”, completou Laura.

Para a diretora do Cesfa, Claudia Cristiane de Andrade, mais importante do que tentar reproduzir a rotina escolar em casa é oferecer experiências que despertem o olhar curioso das crianças para o mundo ao redor. “A escola é parte fundamental da formação, mas a vivência familiar também educa, acolhe e inspira. Fora que o descanso da rotina também é fundamental para os pequenos”, lembrou a educadora.

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