Plataforma oferece a opção de anexar as provas sem sair do universo GTA.
Lançada em março deste ano, a E-delegacia permite que jogadoras de várias modalidades de jogos eletrônicos realizem denúncias de agressão e assédio.
“Com um totem interativo, jogadoras de e-Sports podem fazer o registro de boletins de ocorrência e anexar as provas sem sair do universo GTA. É um passo importante para tornar a comunidade gamer mais segura e inclusiva, especialmente para nós, mulheres”, explicou Soraya Vasconcelos, advogada especialista no setor de jogos eletrônicos.
Através da e-delegacia, que serve como ponto de apoio e suporte para jogadoras de GTA RP, as mesmas terão a oportunidade de salvar as provas na plataforma, o avatar da pro-player será direcionado a e-delegacia, que realizará a abertura de um totem e posteriormente a abertura de um boletim de ocorrência que será direcionado ao departamento de crime cibernético da Polícia Civil do estado onde o crime ocorreu. “Nos demais jogos online que não oferecem essa possibilidade de denúncia diretamente para a delegacia de mulheres, é necessário seguir alguns passos. Primeiro, faça a captura (screenshots ou gravação de tela) do abuso ou do preconceito, acesse o perfil do agressor e pegue o nickgame e ID (código de identificação), da conta do jogador”.
A especialista também ressalta que: “munida dessas informações, procure o canal de denúncias do jogo e use-o para relatar o comportamento abusivo, anexando todas as informações. Caso o jogo não tenha a opção de denúncia, entre em contato com o suporte técnico do jogo e envie todas as informações detalhando o incidente. Isso acarretará o banimento temporário ou permanente da conta do agressor do jogo”.
Por fim, Soraya, também explica que “em casos mais graves de abusos e ameaças será necessária a atuação da justiça e para isso a vítima deverá procurar a delegacia da mulher ou da criança e do adolecente caso a vítima seja menor de 18 anos, capturas de tela da agressão sofrida. Se na cidade da vítima não tiver delegacias especializadas procure qualquer delegacia de polícia ou disque 100, que é um serviço de denúncia de violação dos direitos humanos e abusos sexuais e faça o registro do abuso”, conclui.