Um cobrador também teria participado da extorsão e entrou na condenação. Grupo teria cobrado R$ 1,5 milhão de propina de um contrato para fornecer 40 mil cestas.
Um empresário, um policial militar e um terceiro homem foram condenados pela Justiça por extorquir um empresário contratado pelo Estado para fornecer cestas básicas para a Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) durante o período da pandemia. João Coelho Neto, o PM Rodrigo Westphan Barbosa de Jesus e Wolney Max de Souza teriam cobrado R$ 1,5 milhão de propina de um contrato para fornecer 40 mil cestas.
A vítima da extorsão foi o empresário José Gomes de Souza Neto, conhecido como Neto Gomes, que teria recebido indicação para assinar um contrato com a Setas e fornecer 40 mil cestas básicas que seriam distribuídas a famílias afetadas pela Covid-19, em novembro de 2021. O empresário recusou a proposta do grupo, onde foram lhes oferecidos 50% do valor do contrato como propina.
Para a polícia, a vítima conotou que passou a ser ameaçado, assim como sua família até o dia que João Coelho foi até a empresa com os outros dois homens para cobrar a suposta dívida. Em depoimento, João Coelho negou que estivesse cobrando propina e alegou que tinha um acordo comercial que não estava sendo cumprido. Os argumentos dele não foram aceitos pelo juiz.
A pena de ambos será cumprida no regime inicial semiaberto e os réus poderão responder em liberdade. As cestas também tiveram repercussão eleitoral e levaram à cassação, em primeiro grau, dos mandatos do ex-governador Mauro Carlesse (Agir) e da prefeita de Gurupi Josi Nunes (União), assim como o vice dela.