Estresse no trabalho afeta 67% dos brasileiros e pode agravar doenças como o glaucoma, alerta estudo

Especialista alerta que cuidados emocionais e hábitos saudáveis são fundamentais para preservar a visão.

A vida moderna tem imposto um ritmo acelerado e, com ele, uma carga crescente de estresse, especialmente no ambiente de trabalho. De acordo com o relatório People at Work 2023: A Global Workforce View, 67% dos brasileiros afirmam que o estresse afeta negativamente sua vida profissional, número acima da média global.

Apesar dos impactos emocionais e físicos do estresse serem amplamente discutidos, seus efeitos sobre a saúde ocular ainda são pouco conhecidos. Um estudo da Glaucoma Research Foundation aponta que altos níveis de estresse e ansiedade podem estar associados ao aumento da pressão intraocular, fator que pode acelerar a progressão do glaucoma.

“Embora o estresse não seja a causa do glaucoma, ele pode ser um fator agravante, especialmente em pessoas predispostas. O estresse contínuo pode provocar picos de pressão ocular, o que acelera o quadro, além de gerar ansiedade em pacientes diagnosticados, criando um ciclo que precisa ser monitorado”, explica o oftalmologista Dr. Eduardo Akio do Hospital de Olhos de Palmas.

Atualmente, mais de 1,7 milhão de brasileiros vivem com glaucoma, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). O órgão estima que cerca de 2% da população com mais de 40 anos conviva com a condição, muitas vezes sem saber, já que, em grande parte dos casos, o glaucoma não apresenta sintomas nos estágios iniciais.

A melhor forma de prevenir o avanço do glaucoma é o diagnóstico precoce. Consultas periódicas com o oftalmologista, especialmente após os 40 anos, são essenciais para monitorar a pressão intraocular e a saúde do nervo óptico. “Com o tratamento precoce, usando colírios, laser ou, em casos mais graves, cirurgia, é possível controlar o glaucoma e evitar a perda de visão irreversível”, alerta o especialista.

O impacto do estresse também se reflete em hábitos de vida prejudiciais, como má alimentação, sedentarismo, insônia, consumo excessivo de álcool e até falhas na adesão ao tratamento. Tudo isso compromete o controle da doença. Por isso, além do tratamento e do acompanhamento oftalmológico, é fundamental cuidar da saúde emocional e do estilo de vida.

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