Se condenada, suspeita pode pegar até 40 anos de prisão.
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Palmas, concluiu o inquérito policial que apura crimes que teriam sido cometidos por uma influenciadora digital. A investigação revelou que a mulher estava utilizando seu perfil em redes sociais para promover jogo de azar, conhecido popularmente como “Jogo do Tigrinho”.
O delegado Elirio Putton Junior, titular da 3ª DP e responsável pelo caso, destacou que a influenciadora movimentou um valor de aproximadamente R$10,4 milhões em um curto período de tempo. “Os valores movimentados são incompatíveis com a renda declarada pela suspeita. Após investigações constatamos que os recursos não têm origem lícita pois a “influencer” promoveu e incentivou a prática de jogo de azar, como também participou da lavagem do dinheiro proveniente dessa atividade ilícita”, explicou o delegado.
A influenciadora foi indiciada por 258 práticas autônomas de crime de lavagem de capitais, conforme o artigo 1º da Lei nº 9.613/98, e pela contravenção penal de participação em jogos de azar, de acordo com o artigo 50, § 2º, do Decreto-Lei 3.688/41. Se condenada, pode pegar até 40 anos de prisão.
De acordo com o delegado, o caso foi encaminhado ao Ministério Público para adoção das medidas legais cabíveis. As contas bancárias da influenciadora foram bloqueadas ainda no mês de julho, o bloqueio foi de bens e dinheiro no valor de aproximadamente R$7 milhões. Agora, a Polícia Civil solicitou o bloqueio das redes sociais pertencentes à mulher.
“Muitos crimes financeiros têm relação direta com as redes sociais, dessa forma, a Polícia Civil do Tocantins tem se mantido vigilante para que ocorrências como essas sejam devidamente punidas”, finalizou o delegado Elirio Putton.