Polícia Civil prende auditor fiscal em flagrante por corrupção passiva em Paraíso do Tocantins

Servidor público foi abordado no momento em que ia receber o dinheiro da vítima.

 

 

A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da 62ª Delegacia de Paraíso do Tocantins, realizou na manhã desta segunda-feira, 29, ação que resultou na prisão em flagrante de um auditor fiscal estadual, de 68 anos, suspeito de corrupção passiva majorada. A operação foi coordenada pelo delegado-chefe da 62ª DP, Bruno Monteiro Baeza, com apoio do delegado José Lucas Melo e de equipes da 63ª DP.

A investigação teve início após denúncia apresentada por um empresário local à 9ª Central de Atendimento da Polícia Civil. Segundo relato da vítima, no sábado, 27, o servidor público abordou o transporte de um trator em Paraíso, alegando supostas irregularidades na documentação e informando que seria aplicada multa de aproximadamente R$ 15 mil.

“Ocorre que, segundo depoimento da vítima, não havia nada de irregular com o veículo, sendo que todas as guias de transporte tinham sido pagas. No entanto, o auditor alegou irregularidades e disse que havia guias que deveriam ser pagas, o que geraria uma multa de R$ 15 mil”, frisou o delegado-chefe da 62ª DP, Bruno Monteiro Baeza.

De acordo com o empresário, embora toda a documentação estivesse regular, o auditor teria proposto “resolver a situação” mediante o pagamento de R$ 3,5 mil em espécie, além da prestação de um serviço de gradiação em sua propriedade rural. Após a negociação, a quantia combinada chegou a R$ 3,8 mil e o servidor marcou encontro para recebimento do valor nesta segunda-feira, 29.

A partir das informações repassadas pela vítima, equipes da Polícia Civil montaram campana nas proximidades de uma agência bancária no centro da cidade, local onde o servidor pretendia receber o dinheiro. No momento em que o empresário se preparava para efetuar o saque, os policiais realizaram a abordagem e efetuaram a prisão em flagrante.

Conduzido à sede da 62ª DP, o suspeito foi ouvido e autuado por corrupção passiva majorada, crime previsto no artigo 317, §1º, do Código Penal, que prevê aumento de pena quando o agente público se vale de sua função para solicitar ou receber vantagem indevida. Após os procedimentos legais, o detido foi encaminhado à Unidade Penal Regional de Paraíso, onde permanece à disposição da Justiça.

O delegado Bruno Baeza destacou a relevância da ação e a integração das equipes.

“Trata- se de uma ação muito exitosa, onde a atuação da Polícia Civil, por meio de um eficiente trabalho investigativo, frustrou um crime de corrupção passiva, que se torna ainda mais grave, pois foi, em tese, praticado por um servidor público, que tem profundo conhecimento da lei e ainda dever de zelar pela moralidade e legalidade da função pública”, pontuou.

A autoridade policial também agradeceu o empenho dos policiais civis das unidades policiais envolvidas, destacando a harmonia da força de segurança que, ao atuarem em conjunto, elucidaram mais um crime grave em Paraíso. “Gostaria de destacar a atuação e o profissionalismo dos oficiais investigadores da 62ª e da 63ª DP, bem como apoio do delegado José Lucas, que não mediu esforços no sentido de auxiliar para que o resultado positivo fosse alcançado”, enfatizou o delegado Bruno Baeza.

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