A vítima desapareceu no dia 18 de agosto de 2023.
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 5ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Guaraí), juntamente com o 4º Núcleo Regional de Perícias, realizou nesta sexta-feira, 4, diligências investigativas voltadas à apuração do feminicídio e da ocultação de cadáver da vítima Míria Mendes Souza. A vítima, que tinha 19 anos, desapareceu no dia 18 de agosto de 2023 e o principal suspeito é um homem identificado pelas iniciais A.G.O., 52 anos, com quem a vítima mantinha relacionamento afetivo.
Um dos elementos que chamou a atenção da Polícia Civil foi a tentativa do investigado de afastar a suspeita de uma briga ocorrida no dia dos fatos, alegando que o desentendimento teria sido com uma funcionária da residência. “No entanto, a referida funcionária foi ouvida e negou veementemente qualquer desentendimento com Míria, afirmando que, durante todo o período em que trabalhou na casa, jamais teve qualquer tipo de conflito com a vítima”, informa o delegado Antonione Vandré de Araújo, que também atua no caso.
Durante as diligências, também foi constatado que, meses antes do desaparecimento de Míria, o suspeito teria empurrado a vítima de um veículo em movimento. “Episódio que guarda semelhança com outro caso anterior, registrado em uma cidade da região do Bico do Papagaio, quando ele adotou a mesma conduta violenta contra uma outra ex-companheira”, pontua o delegado Antonione, informando que o suspeito já responde a outros dois procedimentos criminais graves relacionados à violência doméstica, sendo que um deles envolve a narrativa de tortura relatada por uma terceira ex-companheira.
Há diligências em andamento com o objetivo de aprofundar os fatos e elucidar o crime. “A Polícia Civil já recebeu informações fidedignas de que o corpo de Míria teria sido jogado pelo suspeito na fornalha da cerâmica. No entanto, até o momento, todos os informantes, que relataram essa possibilidade, se recusaram a formalizar suas declarações ou a informar suas respectivas identidades, relatando intenso temor em relação à periculosidade do investigado”, destaca o delegado Antonione.
O suspeito está preso preventivamente, aguardando a conclusão do inquérito e da instrução processual penal. A Polícia Civil segue com os trabalhos investigativos, tratando o caso com máxima prioridade, tanto pela brutalidade dos fatos quanto pelo histórico de violência do investigado. Novas diligências deverão ser realizadas nos próximos dias.
Informações que possam contribuir com a elucidação do caso podem ser repassadas de forma anônima pelos canais oficiais da Polícia Civil do Tocantins, incluindo o Whatsapp (63) 3464-1418.