Paulo César Benfica assume agora a pasta da Saúde, após o secretário Afonso Piva ser alvo de uma operação da Polícia Federal e afastar-se do cargo.
O secretário estadual da Saúde interino, Paulo César Benfica, anunciou que os contratos com as empresas citadas em investigação da Polícia Federal serão reanalisados e podem ter os pagamentos suspensos. A operação que teve como um dos alvos o ex-secretário da pasta, Afonso Piva, investiga contratos da pasta para a compra de quatro milhões de seringas no valor de mais de R$ 6,9 milhões.
Benfica é secretário da Administração e vai cumular o cargo de forma interina. Ele disse que já atuou na pasta da Saúde durante a pandemia da Covid-19, como Superintendente Jurídico.
“No primeiro momento, já solicitei relatórios específicos dos processos. No segundo momento, vou fazer uma análise de pessoas, se for o caso. Mas por hora, a determinação foi análise processual, se for algum caso, suspender o pagamento com o devido processo legal. Várias das empresas citadas já foram anteriormente autuadas por processo na Corregedoria da própria [Secretaria da ] Saúde. Se necessário, junto com o comitê gestor e a governança do estado, vou solicitar controladoria e procuradoria junto desses processos também”, disse.
Benfica também falou sobre os desafios da pasta. Um deles é zerar a fila de cirurgias eletivas. Segundo o novo gestor, de outubro de 2021 a agosto de 2023, foram quase 22 mil procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A operação, deflagrada no dia 3 de agosto, investiga contratos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para a compra de quatro milhões de seringas no valor de mais de R$ 6,9 milhões. Mandados foram cumpridos em endereços do ex-secretário de saúde Afonso Piva, e da superintendente de Vigilância em Saúde, Perciliana Bezerra.
A polícia acredita que houve fraude na licitação por meio da participação de empresas ligadas ao mesmo grupo empresarial que apresentaram preços superfaturados ou abandonaram a licitação para beneficiar a vencedora.