Estado se destaca na região Norte por ter sido o primeiro a integrar o monitoramento nacional, que indica a severidade e a duração da restrição hídrica.
Técnicos do Governo do Tocantins participam da programação do Encontro de 10 anos do Monitor de Secas, nesta quarta-feira, 21, e quinta-feira, 22, em Fortaleza (CE). O Estado é destaque na região Norte por ter sido o primeiro a fazer parte do monitoramento nacional a partir do ano de 2020.
Desde então, as informações geradas são publicadas por meio de mapas, nos quais a situação da seca é apresentada em diferentes categorias, indicando o grau de severidade e a duração do evento. O encontro é promovido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Participam do encontro, representando o Governo do Tocantins, o gerente de Hidrometeorologia da Semarh, o coordenador de hidrometeorologia, o engenheiro ambiental, Rogério Noleto Passos (autor do mapa); a engenheira florestal Marla Guedes Cordeiro Carvalho (autora); o engenheiro agrônomo Alexandre Barreto Almeida dos Santos (validador); e o técnico da Defesa Civil, Luiz Carlos Costa Ferreira (validador).
Segundo o diretor de Gestão de Recursos Hídricos da Semarh, Aldo Azevedo, o mapa traz o conceito de seca relativa, ou seja, cada região tem o seu conceito de seca e isto e muito importante porque os mapas são gerados com dados produzidos por satélite, em uma escala muito grande, e dessa forma, enviado aos estados.
”Aqui no Tocantins, além dos técnicos da Semarh, nós temos 17 unidades observadoras da Defesa Civil no interior que faz a checagem daquele evento detectado por satélite, sendo este um diferencial deste mapa, deste grande projeto em relação às previsões que são feitos por até instituições internacionais, que muitas vezes, não tem a capacidade de detectar aquele evento. Por isso é muito importante o Tocantins está participando deste mapa como autor, validador e como observador ”,afirmou.
Monitor da Seca
O Programa Monitor de Secas completou uma década de existência com a publicação do mapa de secas referente ao mês de julho de 2024, alcançando a marca de 120 mapas produzidos. O levantamento de dados em tempo real é realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Defesa Civil, em parceria com a ANA, com suporte da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
O monitoramento é realizado mensalmente, possibilitando a elaboração do mapa, que considera diversos parâmetros climáticos, como precipitação, temperatura e evapotranspiração. Esses dados, somados às informações geradas por satélite, permitem identificar a existência ou não de seca nas diversas regiões do estado.
As informações relativas à existência de seca são divulgadas mensalmente no site monitordesecas.ana.gov.br, em que é possível verificar a situação não só no Tocantins, mas também nos demais estados do território brasileiro. As indicações das condições climáticas divulgadas referem-se sempre ao mês anterior.
Após todo o trabalho de interpretação dos dados climáticos e categorização da severidade e duração da seca, as informações ainda passam por validação em campo. Esta validação é realizada em parceria com a Defesa Civil Estadual, na qual observadores distribuídos em diversas regiões do estado verificam as condições hídricas locais. Essas informações são então confrontadas com as categorias de seca apontadas, a fim de proporcionar um mapeamento mais preciso da seca no estado.
Evento
A programação do Encontro de 10 Anos do Monitor de Secas contou com a participação da diretora-presidente da ANA, Veronica Sánchez da Cruz Rios; do secretário nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Giuseppe Vieira; do secretário de Acompanhamento e Gestão de Assuntos Estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o contra-almirante Francisco André Barros Conde; do secretário interino de Recursos Hídricos do Ceará, Ramón Rodrigues, representando o governador cearense, Elmano de Freitas, além de outras autoridades e especialistas na área.
