Vacinas ainda geram dúvidas? Especialista reforça importância da imunização na prevenção das doenças respiratórias

Tema estará em debate no I Summit Sabin – Doenças Respiratórias, em Palmas, no dia 18 de outubro.

Mesmo com os avanços da medicina, as vacinas ainda despertam hesitação, especialmente quando se trata de doenças respiratórias. Desde a pandemia de Covid-19, os imunizantes contra vírus desse tipo estão entre os que mais geram dúvidas, impulsionadas pela desinformação nas redes sociais. Segundo a ENSP/Fiocruz, uma em cada cinco fake news no Brasil aborda vacinas, o que contribui para a baixa adesão às campanhas de imunização.

O tema estará em destaque no I Summit Sabin – Doenças Respiratórias, que será realizado no dia 18 de outubro, em Palmas, reunindo especialistas para discutir avanços no diagnóstico, tratamento e prevenção dessas doenças. Entre os temas abordados estarão “Infecções Respiratórias Bacterianas: Mudanças no Perfil Epidemiológico Pós-Pandemia”, com o infectologista Rafael Nogueira, e “Estratégia Vacinal para Infecção Respiratória”, com o pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.

Para Rafael Nogueira, consultor do Sabin Diagnóstico e Saúde, a hesitação vacinal é um desafio crescente e reflete a desinformação acumulada nos últimos anos. “Grande parte das pessoas ainda acredita que doenças como a gripe são simples e que, por já terem tido a infecção, não precisam se vacinar novamente. Além disso, persistem mitos sobre efeitos adversos e sobrecarga do sistema imunológico, o que leva à resistência à imunização”, explica.

O médico reforça que a vacinação continua sendo uma das estratégias mais seguras e eficazes para proteger a população contra vírus e bactérias que atingem o sistema respiratório. “As vacinas evitam milhões de casos de doenças graves todos os anos. Elas não apenas protegem quem se imuniza, mas também reduzem a circulação dos agentes causadores entre a comunidade”, afirma.

Os dados reforçam essa importância. Segundo o Instituto Butantan, o Brasil registrou, em 2024, 13.934 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza até novembro, com 1.142 mortes. O vírus influenza foi o mais detectado entre indivíduos com mais de 10 anos. No mesmo período, a cobertura vacinal contra a gripe atingiu apenas 53% do público-alvo, percentual muito abaixo da meta nacional de 90%.

O infectologista destaca ainda que é essencial compreender o papel das vacinas na adaptação do sistema imunológico. “Os imunizantes treinam o organismo para reconhecer e combater agentes infecciosos com segurança. Eles não sobrecarregam o corpo, pelo contrário, o fortalecem. O que realmente enfraquece a imunidade é a exposição constante a doenças que poderiam ser prevenidas”, reforça.

Para a gestora regional e biomédica Nayara Borba, o Summit é uma oportunidade de fortalecer essa mensagem. “Ao reunir especialistas e promover o compartilhamento de conhecimento, o evento reforça o valor da prevenção como caminho para uma saúde mais segura. No Sabin, acreditamos que conhecimento e confiança são essenciais para ampliar a cultura da imunização e contribuir para o cuidado integral das pessoas”, destaca.

Não perca nenhuma notícia importante. Assine nossa newsletter.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja Também

Últimas notícias

Recomendações

Patrocinado

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você está ciente dessa funcionalidade. Consulte nossa Política de Privacidade.