Dotôra é reconhecida por seu conhecimento sobre as plantas medicinais do Cerrado e por sua atuação na preservação das tradições quilombolas. Sua história está ligada à de Dona Miúda, sua mãe, matriarca que popularizou o artesanato em capim-dourado, atividade que transformou a realidade da comunidade. Com a morte de Dona Miúda, Dotôra assumiu a liderança do quilombo, ajudando a manter vivos os costumes locais.
O roteiro é de Rayssa Carneiro, que também produziu o filme e pesquisou a vida da protagonista em seu mestrado. “Eu conheci a Dotôra em 2017 e desde então, ela vem me inspirando e me instigando”, disse. “Mas conhecer a Dotôra é também se incomodar com a sua situação, que é bem representativa de uma grande parcela da população, que vive longe das políticas públicas e do reconhecimento dos seus saberes e do seu valor. A gente se sente responsável em trazer esta realidade à tona”, concluiu.
A sinopse descreve o filme como um retrato do “Brasil profundo que resiste pela cultura”, mostrando a tradição e a reinvenção presentes no Quilombo Mumbuca. A produção contou com equipe local, que inclui direção de fotografia de Helen Lopes e pós-produção da Gabiroba Filmes.
Direção-geral e de fotografia: Helen Lopes
Roteiro e produção: Rayssa Carneiro
Câmeras: Vic Pesan e Helen Lopes
Som direto: Iuri Grooveman
Pós-produção: Gabiroba Filmes