A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), em Baku, no Azerbaijão, terminou oficialmente nesta sexta-feira (22) sem um acordo sobre o financiamento climático. Contudo, na prática, espera-se que as discussões quanto ao texto final continuem por mais um dia.
A expectativa é que se alcance um consenso entre os países desenvolvidos e os emergentes a respeito do valor a ser utilizado para o enfrentamento às mudanças climáticas. Além disso, debate-se as formas de transferência dessas cifras e a transparência de todo o processo.
O objetivo é que esses recursos sejam destinados a financiar a transição energética em nações em desenvolvimento, bem como apoiar a adaptação e a mitigação dos danos causados pelo aquecimento global. Vale lembrar que esses pontos ainda são desdobramentos do Acordo de Paris, assinado em 2015.
Atualmente, o valor disponível para financiar essas ações é de US$ 100 bilhões, mas, atualmente, projeta-se que o valor necessário é, pelo menos, dez vezes superior, ou seja, US$ 1 trilhão. Durante as tratativas da COP29, as nações mais ricas ofereceram US$ 200 bilhões, o que não foi aceito.
Falta de líderes de ‘peso’ na COP29
Além das cifras menores do que o esperado, outra crítica que se abateu ao evento climático foi a ausência de autoridades mundiais de mais invergadura internacional. Isso ocorreu porque a maioria está no Brasil para as reuniões do G20.
Durante as duas semanas de COP29, o Brasil buscou mostrar o seu potencial para sediar a COP30, destacando iniciativas do setor produtivo, como convênio entre o Fundo JBS pela Amazônia e o Banco da Amazônia, iniciativa voltada ao apoio aos pequenos produtores da região.
Além disso, as cooperativas ganharam destaque ao demonstrar que esse modelo de negócios é sustentável e parte da mudança ao enfrentamento das mudanças climáticas, garantindo segurança alimentar e proteção ao meio ambiente.