Visando a melhoria e profissionalização, o Clube Náutico Capibaribe anunciou nesta semana que será o quarto clube da Série C do futebol nacional a aderir ao formato sociedade anônima no futebol em 2025.
De acordo com informações divulgadas, 90% das ações do clube irão pertencer a um grupo de investidores. Cláudio Klement Rodrigues, advogado especialista em direito desportivo e negócios no esporte, ressalta que “essa mudança trouxe novas perspectivas de profissionalização da gestão e de geração de receita. Desde que foi criada pelo Congresso Nacional em agosto de 2021, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) virou um assunto recorrente no futebol brasileiro, com muitos clubes já aderindo ao formato e outros tantos se preparando para fazer a mudança do modelo associativo para clube-empresa.s, através da venda de direitos de transmissão, patrocínios e outras fontes de renda”, afirma.
Outro ponto positivo que têm beneficiado os clubes que aderiram ao modelo, foi a tributação e as regras de governança. Para o especialista Thiago dos Passos, especialista em estruturação de projetos de capital para entidades esportivas e CEO da 8 Sports Capital, é de extrema importância a responsabilidade fiscal. “Ela requer a transparência e governança eficazes, com a adoção de práticas éticas e alinhadas ao Fair Play Financeiro. Essa regulamentação, implementada pela UEFA, visa impedir que os clubes gastem mais do que podem, protegendo tanto o equilíbrio das competições quanto a saúde financeira das entidades”.