Os números mostram a eficácia das ações de combate, que devem ser repetidas e ampliadas.
Habitualmente, com a chegada do período chuvoso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) e os municípios intensificam suas ações de vigilância e prevenção contra as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que ainda são uma preocupação no Brasil e no Tocantins, e o período chuvoso aumenta o alerta para os riscos. Em relação a 2022, o Estado fechou 2023, com queda de 85% nos casos de Dengue, mas com aumento nos casos de Zika (22%) e Chikungunya (12%).
As chuvas criam condições favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes, aumentando o risco de surtos de dengue, Zika e chikungunya e para evitar essas doenças, esforços são redobrados para a realização de ações preventivas, como mutirões de limpeza e campanhas de conscientização voltadas à população, o principal agente de prevenção.
“Recentemente, a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde emitiram um alerta preocupante sobre o risco de aumento expressivo na transmissão de dengue e outras arboviroses. Tais mudanças são atribuídas às alterações climáticas, reintrodução de sorotipos e à suscetibilidade da população. Estima-se que ocorram, no Brasil, aproximadamente 4.225.885 casos suspeitos, sugerindo um potencial epidêmico em diversos estados”, disse a diretora de Vigilância das Doenças Vetoriais e Zoonoses/SES-TO Mary Ruth Batista Gloria Maia.
Para a gerente de Vigilância das Arboviroses da SES-TO, Christiane Bueno Hundertmarck, “a colaboração de todos e principalmente da comunidade é vital para eliminar focos do mosquito e reduzir os casos dessas doenças. Necessitamos de ações efetivas da população e dos municípios, por meio de mutirões de limpeza, palestras educativas, reuniões estratégicas e outras atividades preparatórias com o engajamento de todos. A conscientização sobre a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e a adesão às práticas preventivas são fundamentais para o controle da doença”.
Dados
Em 2022 foram confirmados 20.114 casos de Dengue, este número caiu para 2.894, queda de 85% em 2023, com circulação dos sorotipos Denv 1 e Denv 2. O Tocantins teve dois óbitos no ano passado, nas cidades de Palmas e Dianópolis.
A Chikungunya teve 3.838 confirmações em 2022 e 4.293 no ano passado, aumento de 12%. Já a Zika teve 99 confirmações em 2022 e 121 em 2023, aumento de 22%. Sem óbitos, nas duas doenças.
DENV-3 e 4
Até o momento, o Estado do Tocantins não identificou amostras positivas para DENV-3 e DENV-4 sorotipos que já estão em circulação no país e que há mais de 15 anos não haviam registrado casos, deixando uma grande parcela da população suscetível a contrair a doença e causar uma epidemia.