Destinos nacionais que os brasileiros (ainda) não conhecem

Mesmo quem não anda viajando pelo Brasil sabe de cor quais são as capitais mais procuradas, as praias mais badaladas e os atrativos turísticos mais visitados.

Mas o brasileiro ainda não se deu conta que, bem aqui no quintal de casa, fica alguns dos cenários mais impressionantes de todo o continente. Muito além do Brasil de folheto publicitário, ainda tem um país inteiro para ser explorado, turisticamente, em endereços que não costumam aparecer na lista dos destinos nacionais mais procurados.

DESTINOS NACIONAIS

PARELHEIROS/MARSILAC

(São Paulo)

Esses dois distritos paulistanos ficam a 50 km do Centro da capital, em uma área de transição entre o urbano e o rural.

Por ali, o turismo (sim, o turismo) acontece em parques de preservação de Mata Atlântica, em sítios que concentram o maior número de produtores orgânicos de toda a cidade e até no primeiro e único parque de aventura da cidade, no último rio completamente limpo de São Paulo da capital paulista.

SUPERAGUI

(Paraná)

No município de Guaraqueçaba, o Parque Nacional de Superagui tem quase 34 mil hectares de ilhas, canais, rios e terras continentais, e é um santuário de dezenas de espécies de animais, algumas delas, inclusive, ameaçadas de extinção, como o mico-leão-da-cara-preta, papagaio-da-cara-roxa e bugio.

As ruas estreitas do vilarejo rústico ainda são de areia, coloridas construções de madeira recortam o verde preservado do parque, a cataia (o “uísque caiçara” preparado com a folha anônima) envelhece na garrafa improvisada de cachaça e os raros papagaios-da-cara-roxa continuam fazendo barulho na hora da revoada do final de tarde.

VALE DO CATIMBAU

(Pernambuco)

A 290 km do Recife, tem um anfiteatro natural que foi usado para rituais sagrados, abriga uma formação rochosa mais diferente do que a outra e guarda a segunda maior concentração de arte rupestre do Brasil.

O município de Buíque serve de base para quem visita o Parque Nacional do Catimbau, uma área protegida de 62 mil hectares com cerca de 13 trilhas oficiais, em meio a impressionantes formações geomorfológicas.

ARARUNA

(Paraíba)

A 165 km de João Pessoa, essa cidade no limite com o Rio Grande do Norte fez do seu entorno rochoso cenário para a aventura.

As atividades, como trilhas e até um pêndulo humano, acontecem nos arredores da Pedra da Boca, no Parque Estadual da Pedra da Boca. Recentemente, a região ganhou o Parque do Rinoceronte, um amigável complexo de aventura para quem não tem nenhuma experiência com atividades do gênero.

É ali que fica também o ‘Caminhos das Ararunas’, considerada a trilha mais longa do Nordeste, com cerca de 138 km de extensão, onde a caminhada tem cânion com cachoeira, pinturas rupestres e turismo de base comunitária em áreas rurais isoladas.

CHAPADA DAS MESAS(Maranhão)

Na região sul do estado, essa chapada é daqueles lugares onde cachoeiras lapidam pedras escuras no corredor estreito de um cânion, finais de tarde pintam pedra encantada fincada no meio do rio e o turista tem a sensação de ser o primeiro a chegar por ali.

Esse destino formado por 10 municípios é para se molhar. Só para você ter uma ideia do potencial aquático do ‘Paraíso das Águas’, como a região é conhecida, são 89 cachoeiras oficiais (13 delas só no interior do Parque Nacional da Chapada das Mesas), 22 rios perenes e mais de 400 nascentes.

SERRA DO RONCADOR

(Mato Grosso)

A mais de 500 km de Cuiabá, no sudeste do Mato Grosso, o destino faz parte de uma extensa cadeia montanhosa, conhecida por suas cachoeiras escondidas e abertas para visita.

Tem uma com acesso por trás do véu d’água, outra no interior de um cânion com jatobás centenários e até uma que, além das araras, quase ninguém sabe onde fica (mas que vai fazer você rever seus conceitos de beleza natural).

Por décadas, essa área de transição entre o Cerrado e a Amazônia atraiu exploradores e esotéricos em busca de cidades escondidas e passagens para outros mundos.

CAMBARÁ DO SUL

(Rio Grande do Sul)

Dona do maior conjunto de cânions da América do Sul, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, a região vê crescer sob os pés uma cadeia de montanhas de 250 quilômetros de bordas de cânions, entre os Campos de Cima da Serra e o litoral.

Do alto, por baixo e pelo rio. O que não faltam são roteiros para ver essas formações milenares com imensas fissuras em seu interior. Só não espere pelo turismo fácil, assim, bem na porta de casa.

PRESIDENTE FIGUEIREDO

(Amazonas)

Famosa pelas centenas de cachoeiras bem no quintal de casa, essa cidade a 110 quilômetros de Manaus guarda uma intrigante sequência de círculos no leito do Rio Mutum.

Esses imensos buracos são formações geológicas originadas da atuação constante da água, que vai se infiltrando entre as rochas e escavando essas “marmitas”, como também são conhecidos. De diversos tamanhos, o fenômeno pode atingir até sete metros de profundidade.

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